Apesar do nome, o mar do Aral na Ásia, era um lago, localizado entre o Cazaquistão e o Uzbequistão. Em 1950, ele era o quarto maior do mundo, com 66 mil km2, , o que equivalia à dos estados do Rio de Janeiro e Alagoas juntos. Mas, nos anos 60, a URSS desviou os rios que alimentavam, Amu Daria e Sir Daria, para irrigar plantações de algodão. O volume d’água diminuiu, mas o sal ficou, prejudicando o solo e matando os peixes.
Além de afetar os ribeirinhos, que viviam da pesca, a alta salinidade exterminou cerca de 80% das espécies animais. Para piorar, o uso de agrotóxicos nas plantações poluiu o solo e inviabilizou a agricultura de subsistência. Em 1987, a redução do nível de água dividiu o mar em dois: norte e sul.
O mar já perdeu 60% da área e 80% do volume. E virou um problema mundial: a areia extremamente salgada e contaminada é carregada pelos ventos até Japão, Suécia e Noruega. Além disso, pesquisas apontam o aumento de casos de câncer entre os habitantes do Aral – o que pode estar ligado à contaminação.
Há anos, pesquisadores e ecologistas pensam numa solução. A maioria, porém, é cara e não conta com o apoio dos governos locais:
– Instalar estações de dessalinização
– Redirecionar os rios Volga, Ob e Irtich para o Aral
– Retirar parte das fazendas de algodão próximas
– Usar bombas e gasodutos para diluir a água com a do oceano ou a do mar Cáspio
– Criar cinturões verdes para impedir a dissipação da areia salgada
Foto: Patrick Schneider/
Texto: Superinteressante
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